O impacto do Twitter

Eu já estava desconfiando. Muita gente já escreveu sobre a batalha entre blog e twitter. Gente grande como Steve Rubel e Kottke mas eu só fui reparar de verdade no fim do ano. Em que vi vários blogs que acompanho abandonados enquanto os twitters estava bombando. Achei que fosse alguma coisa de fim de ano até que vi uma mensagem no twitter do Fabio Seixas:

 Sério, preciso voltar a blogar

Aí fui dar uma olhada nos outros blogs e vi que isso foi o fenômeno do fim de ano na blogosfera. Muita gente de férias na praia, na fazenda ou em qualquer lugar, atualizando twitter por SMS ou wifi e deixando o blog em segundo plano. Acredito que o racional (ou o vício) tenha sido: “Vou atualizar o twitter para ter a sensação de que continuo blogando”.

Mas na verdade o que ficou claro foi que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Twitter e blogs não vão competir pela atenção. Na verdade podem complementá-la. Perguntas podem ser feitas via Twitter e após algumas respostas, posts mais elaborados podem ser escritos posteriormente.

E o engraçado é que é raro, pelo menos entre os twitters que acompanho, que role comentários do tipo o que estou fazendo. Geralmente são comentários sobre algum assunto, sobre o que viu na TV, indicação de links e até propaganda de atualizações no blog mas não comentários do tipo “estou comendo uma pizza de calabresa agora”.

E, honestamente, o que eu mais detesto de todos os updates são esses que fazem as vezes de um RSS. Francamente, se você atulizou o seu blog e o que você escreve é algo relevante, eu provavelmente assino o seu feed e vou saber eventualmente. Calma. Eu já leio e, se você for bonzinho, eu até comento.

Os comentários que vejo sobre o que a pessoa está fazendo, na maioria das vezes, é uma crítica aos aeroportos, ao detran (tá esse fui eu hoje) e por aí vai.

Quem mais ganhou nessa história toda foi, além do twitter, o pessoal do tinyurl. O que pouca gente usava se tornou essencial nessa nova realidade.

E chamar a atenção no twitter segue uma fórmula, sai adicionando todo mundo (ou todo mundo que importa) e deixem eles falar. Se a idéia for boa eles vão comentar, se for ruim, irão ignorar. Mas na dúvida, sai adicionando. Pelo menos alguém vai ver.

Fala daí, Adisson.

É, Januário…

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